Os novos casos, que foram registados nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, no sudeste do país, foram conhecidos no sábado, cinco dias depois de o Ministério da Agricultura ter confirmado os primeiros casos de gripe aviária no país e ativar o "estado de alerta".
De acordo com uma nota divulgada pelo Ministério da Agricultura, quatro dos cinco casos confirmados foram identificados no litoral do estado de Espírito Santo, sendo que afetaram três andorinhas-do-mar, um garajau-real e um garajau-de-bico-preto.
O Ministério da Saúde também sublinhou que 33 casos suspeitos de gripe aviária em humanos tiveram resultados negativos e disse que outros dois estão sob investigação. "O Brasil continua sem nenhum caso na sua população", disse o ministério.
O Ministério da Agricultura explicou que, por se tratar de animais selvagens, a notificação não afeta a condição do Brasil de país livre da gripe aviária e que, portanto, não espera embargos à exportação de produtos avícolas.
"O ministério, associações, entidades e indústrias, bem como os órgãos de conservação da vida selvagem, continuam a trabalhar na proteção das aves domésticas e selvagens nativas para evitar a propagação da doença", frisou o comunicado.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, com 35% do mercado, segundo dados do Ministério da Agricultura para 2022.
A gripe aviária causa alta mortalidade em aves selvagens e aves domésticas, como patos e galinhas.
Milhares de aves morreram ou foram abatidas na América do Sul, centenas de fazendas foram colocadas em quarentena e alguns países suspenderam as exportações devido à propagação do vírus, desde o ano passado.
A transmissão para humanos é rara e geralmente ocorre por contacto próximo com aves infetadas.