Os dados foram divulgados pela vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, através do Twitter, onde precisou que nas últimas 24 horas foram ainda registados 930 novos casos de Covid-19 no país, “todos por transmissão comunitária”.
A região que registou mais casos novos nas últimas horas foi Caracas (204), seguindo-se os estados de Lara (139), Anzoátegui (113) e Yaracuy (87), precisou a governante.
Delcy Rodríguez sublinhou ainda a importância do “sistema do semáforo” implementado desde 01 de novembro pelas autoridades venezuelanas, para controlar os acessos ao comércio e outros estabelecimentos, a fim de “evitar a transmissão e cortar futuras cadeias de contágios”.
O “Semáforo da Saúde” é uma aplicação de telemóvel (com luzes vermelha, amarela e verde), que permite ou nega o acesso dos cidadãos ao estabelecimento e permite identificar se completaram ou não o processo de vacinação (2 doses), se não estão vacinados ou se testaram positivo à Covid-19 nos últimos 21 dias.
Entretanto, a imprensa venezuelana dá conta de que 49 escolas encerraram as suas portas depois de terem sido detetados casos de coronavírus entre os estudantes, que desde finais de outubro assistem às aulas presenciais.
Em 08 de outubro, a Venezuela iniciou a vacinação de 3,5 milhões de crianças entre os 2 e 11 anos com a vacina cubana ‘Soberana II’, depois de ter iniciado também a vacinação de cidadãos com mais de 12 anos com a candidata a vacina ‘Abdala’.
Médicos e académicos venezuelanos têm criticado o uso em crianças da ‘Soberana II’ e da candidata a vacina ‘Abdala’, ambas fabricadas em Cuba, enquanto não forem conhecidos estudos científicos ou não forem reconhecidas pelas autoridades internacionais.
A Academia Nacional de Medicina da Venezuela tem criticado a "insistência" do governo de Nicolás Maduro na vacinação de crianças entre os 2 e os 11 anos, quando apenas 32,3% dos cidadãos completaram o esquema de vacinação, segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde, e "ainda existe um grande número de adultos mais velhos, com e sem comorbilidades", que ainda não foram vacinados.
Entre as pessoas que ainda não receberam ambas as doses, há também "trabalhadores de saúde da linha da frente" e "outros grupos vulneráveis" que não estão protegidos, acrescentou a Academia.
Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo, por causa da Covid-19, aplicando um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.