O aumento da inflação é justificado pela crise que foi agudizada pela Covid-19, cuja quarentena no país começou a 16 de março e paralisou vários setores da economia venezuelana.
A inflação de abril foi de 27,5%, mês em que as autoridades venezuelanas fixaram o preço máximo obrigatório para 27 produtos alimentares, uma decisão que foi questionada pelos produtores e distribuidores que disseram não terem sido consultados.
Os dados do BCV diferem dos divulgados pela Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição detém a maioria), que dão conta que entre janeiro e abril de 2020 a inflação acumulada foi de 341,61%.
Entre janeiro e maio, segundo o BVC, alguns produtos registaram uma inflação superior à média nacional, entre eles os da saúde (382,2%), equipamentos para casas (365,9%), os bens e equipamentos diversos (330,4%), os alimentos e bebidas não alcoólicas (319,8%) e as bebidas alcoólicas e o tabaco (319,8%).
Por outro lado, o setor das comunicações registou um aumento nos preços de 261,7%, seguido pelos alugueres de casa (260,3%) o vestuário e calção (259,5%), transporte (251,3%), hotéis e restaurantes (236,6%) e lazer e cultura (223,9%).
Segundo a imprensa local a escassez de combustível que se regista desde há mais de um mês no país afetou a distribuição de produtos e alimentos fazendo aumentar o preço dos bens essenciais.
A 01 de junho a Venezuela aumentou o preços dos combustíveis que pela primeira vez passou a ser afixado em dólares norte-americanos, variando o valor em bolívares soberanos (moeda local) segundo a cotação diária.
A gasolina aumentou de 0,0002 para 0,50 dólares (0,00018 euros para 0,45 euros) por litro e para 5.000 bolívares soberanos (0,022 euros) por litro para os setores subsidiados.
A Venezuela está em recessão desde 2014.