O decreto declara ainda como "traidores da pátria" os cidadãos nacionais e estrangeiros que apoiem medidas contra o Governo de Caracas.
O texto do decreto "contra o bloqueio financeiro dos EUA contra o povo da Venezuela" foi lido pelo vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), Diosdado Cabello, durante uma sessão ordinária da AC.
O decreto refere como "ilícitas e ilegítimas" as sanções financeiras impostas pelo Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump.
Além de condenar as sanções, o decreto apela ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, "a iniciar, conjuntamente com os órgãos competentes do Estado, um julgamento histórico por traição à pátria contra quem estiver envolvido na promoção destas imorais ações contra os interesses do povo venezuelano".
Também declara como "traidores da pátria" todos os atores políticos nacionais, com "caráter anti-venezuelano" e solicita aos órgãos competentes o início imediato das investigações e processos judiciais para determinar a responsabilidade e correspondentes sanções.
Por outro lado, saúda as ações de solidariedade da comunidade internacional a favor da Venezuela e apoia as ações do chefe de Estado para combater as sanções norte-americanas.
Durante o debate, a presidente da AC, Delcy Rodríguez insistiu que o imperialismo norte-americano "não poderá asfixiar a economia da Venezuela".
A Casa Branca impôs na sexta-feira, 25 de agosto, novas sanções financeiras à Venezuela, entre as quais a proibição de comprar novas obrigações emitidas pelo Estado venezuelano ou pela companhia petrolífera nacional.
"Nós não ficaremos imóveis perante o desmoronamento da Venezuela", disse a Casa Branca num comunicado que anunciava as sanções.
LUSA