Dos 927 casos sintomáticos de covid-19 detetados até 13 de março registados no estudo, 850 encontravam-se no grupo placebo e 77 casos verificaram-se entre pessoas vacinadas.
Na África do Sul não foram observados casos de infeção entre os vacinados durante o ensaio da terceira fase, que observou os participantes até seis meses após a segunda dose, de acordo com o comunicado tornado público.
No país "foram recrutados 800 participantes e foram observados nove casos de covid-19, todos no grupo placebo, indicando 100% de eficácia da vacina", frisa o consórcio Pfizer/BioNTech.
Estes são "os primeiros resultados clínicos a demonstrar que uma vacina pode proteger eficazmente contra as variantes atualmente em circulação, um facto essencial para alcançar a imunidade de grupo e pôr fim a esta pandemia na população mundial", realçou, na mesma nota, o diretor executivo e cofundador da BioNTech, Ugur Sahin.
A Pfizer e a BioNTech tinham previsto em janeiro, com base em testes feitos ´in vitro`, que mesmo sendo "inferior" à resposta verificada contra a estirpe comum do vírus, "a elevada eficácia" contra a variante sul-africana não parecia ser afetada.
Os dados dos ensaios clínicos corroboram estes resultados, sublinha a declaração hoje divulgada.
A Pfizer e a BioNTech planeiam fabricar em 2021 até 2,5 mil milhões de doses da sua vacina, uma das três aprovadas na União Europeia.
A vacina é autorizada a partir dos 16 anos de idade. Esta semana, as empresas fabricantes acentuaram que a vacina é segura e bastante protetora em crianças a partir dos 12 anos, com base num estudo feito com 2.260 voluntários norte-americanos.