Segundo diversas fontes, o erro deveu-se a uma falha do sistema informático, que fixou o preço da margarina em 12.000 bolívares (bs) em vez de 120.000 Bs (2,93 euros em vez de 29,32 euros à taxa de câmbio oficial), este último um valor que os venezuelanos têm dificuldade em poder pagar.
Segundo o portal Notícias de Venezuela, quando os administradores do supermercado "tentaram reparar o erro, as pessoas exigiram que fosse respeitado o preço" marcado, originando tumultos que forçaram os trabalhadores a oferecem a margarina, "para evitar um saqueio".
Proprietários de outras lojas do Centro Comercial Plaza Las Américas, onde está a sucursal afetada, denunciaram aos jornalistas que além da margarina, as dezenas de pessoas que se encontravam no supermercado aproveitaram a situação para roubar bebidas alcoólicas, sabão em pó e guloseimas.
Entretanto, através do Twitter, o presidente da Câmara Muncipial de Baruta, Darwin González, anunciou que "foram detidas três pessoas, que teriam roubado comida no Central Madeirense".
Além do estabelecimento comercial afetado, por falha de segurança, várias lojas do mesmo centro comercial fecharam as portas.
O problema informático teve lugar num momento em que há cada vez mais denúncias de tentativas de saques em estabelecimentos comerciais de diverso tipo, principalmente fora da capital venezuelana.
Além dos estabelecimentos comerciais, os camiões que transportam mercadorias são também alvos frequentes de tentativas de pilhagem.
O Governo venezuelano ordenou na terça-feira ao setor agroindustrial do país que diminua o preço de venda de 6.500 produtos e regresse aos valores de início de dezembro de 2017.
A ordem foi proferida pelo vice-Presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, durante uma reunião com representantes do setor agroindustrial, em Caracas.
Segundo o vice-Presidente da Venezuela, os preços subiram de "maneira injustificada" desde 15 de dezembro do ano passado, entre 10% e 10.000% e particularmente depois de o Presidente Nicolás Maduro ter anunciado um aumento de 40% do salário mínimo dos venezuelanos que entrou em vigor no passado dia 01 de janeiro.
LUSA