Os 27 decidiram suspender “urgentemente as atividades de radiodifusão dos ‘media’ Sputnik e da RT/Rússia Today (RT English, RT Reino Unido, RT Alemanha, RT França e RT Espanha) na UE, ou dirigidas à UE, até que a agressão à Ucrânia termine, e até que a Federação Russa e os seus pontos de venda associados cessem de conduzir ações de desinformação e manipulação de informação contra a UE e os seus Estados-membros”, divulgou o bloco comunitário.
Esta decisão foi hoje publicada no Jornal Oficial da UE e os Estados-membros em causa têm que a aplicar nos seus territórios.
Em reação à decisão, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Europa está “a assistir a uma propaganda maciça e a uma desinformação sobre este ataque ultrajante a um país livre e independente”.
“Não deixaremos que os apologistas do Kremlin [Presidência russa] despejem as suas mentiras tóxicas que justificam a guerra de [Vladimir] Putin ou semeiem as sementes da divisão na nossa União", acrescentou, também em comunicado.
As medidas adotadas inserem-se na resposta à agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia e ainda na luta contra a desinformação.
A Rússia lançou na quinta-feira passada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 2.000 civis, incluindo crianças, segundo o mais recente balanço de Kiev, que não precisa o número de baixas militares.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e de pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, desde o início da invasão da Ucrânia.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Lusa