A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) disponibilizam hoje o primeiro relatório de monitorização das ‘linhas vermelhas’ para a covid-19, que passará a ser publicado semanalmente às sextas-feiras.
“No continente, a região onde se observou o valor mais elevado do Rt foi a do Algarve (1,19), enquanto o valor mais baixo foi observado na região Centro (0,88). Tanto a nível nacional como a nível das regiões de saúde do continente tem-se observado um aumento paulatino do valor do Rt desde meados do mês de fevereiro, sendo mais notório na região do Algarve”, precisa o documento.
A DGS e o INSA indicam que o Rt a nível nacional se situa nos 0,97 e que o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 000 habitantes tem vindo a diminuir no país, exceto no Algarve.
O relatório refere também que, no período entre 18 e 31 de março, a incidência cumulativa a 14 dias foi de 65,9 casos por 100 000 habitantes, com uma tendência estável.
Nesse período, o grupo etário que apresentou maior incidência correspondeu ao grupo dos 20 aos 29 anos (93 casos por 100 000 habitantes), refere o documento.
Por sua vez, o grupo com mais de 80 anos apresentou uma incidência cumulativa a 14 dias de 51 casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 000 habitantes, o que reflete um risco inferior ao da população em geral, indica.
A DGS e o INSA estimam que 70,6% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 no continente estejam associados à variante do Reino Unido, sendo nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (76%) e Algarve (95%) onde apareceram em maior número.
Até 28 de março de 2021, foram diagnosticados 50 casos da variante associada à África do Sul e a maioria foi identificada nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (54%) e do Norte (36%), existindo “a possibilidade de transmissão comunitária, ainda que de muito baixa expressão”, uma vez que, após a investigação epidemiológica, não foi possível estabelecer o contexto de transmissão de alguns casos.
Em relação à variante associada ao Brasil, foram diagnosticados, até 28 de março, 22 casos, metade dos quais em residentes na região de Lisboa e Vale do Tejo, não havendo neste caso "evidência (prova) de transmissão comunitária sustentada em Portugal”.
Segundo o documento, o maior número de casos de covid-19 internados em UCI correspondeu ao grupo etário dos 70 aos 79 anos.
C/Lusa