Terminou esta sexta-feira, o I Congresso de Arqueologia Subaquática da Macaronésia em Lanzarote, no âmbito do Margullar I, um projeto financiado pelo INTERREG MAC 14-20, que envolve a Madeira, os Açores, Canárias (Lanzarote), Cabo Verde e Senegal.
No evento, a representação da Região foi assegurada pelos parceiros regionais do projeto, designadamente a Secretaria Regional de Turismo e Cultura (SRTC) e a Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF-CCIM), que fazem um balanço muito positivo desta participação. Houve um bom feedback dos outros conferencistas e congressistas, que se mostraram, na sua maioria, interessados em saber um pouco mais sobre o projeto da Madeira e sobre as descobertas realizadas nos mares da ilha, até porque ontem, foram ainda apresentados os primeiros resultados do estudo dos naufrágios na Ponta de São Lourenço, realizado no âmbito do Margullar I, pelo Centro de Estudos de Arqueologia Moderna e Contemporânea.
Aliás, vários arqueólogos lá presentes, procuraram os representantes da Região para obter mais informações sobre o novo “spot” de mergulho e sobre a Madeira no seu todo, lançando mesmo um repto para a realização de um próximo congresso na Região.
Segundo adiantam os parceiros do Margullar I (SRTC e ACIF-CCIM), o projeto avança agora para uma nova fase onde será dado ênfase à promoção das descobertas e deste novo “spot” de mergulho onde se misturam as vertentes lúdicas e científicas (arqueológicas). Esta promoção iniciar-se-á em breve através das redes sociais ou de uma divulgação em locais considerados estratégicos, como o Aeroporto da Madeira, mas também com um trabalho de promoção junto de entidades que se entendem como parceiros do projeto, caso das autarquias e das empresas de mergulho.
Recorde-se que o Margullar I tem como intuito a conservação, proteção, promoção e uso dos bens do património arqueológico subaquático das ilhas da Macaronésia, através da criação de um novo produto turístico. O projeto, iniciado em 2017, tem sido assim uma oportunidade para obter mais informações e realizar descobertas ao nível da arqueologia subaquática e potenciar esse conhecimento com uma maior valorização do património em causa. O congresso que terminou esta sexta, marcou o culminar dos trabalhos que decorreram ao longo dos últimos anos, e durante os quais cada Região participante procurou identificar e catalogar os seus bens arqueológicos submarinos, tendo em vista a criação de novas rotas submarinas e novos produtos turísticos de interesse cultural, enquadrados no âmbito do ecoturismo.