“No decurso do cessar-fogo no território da fábrica Azovstal, uma viatura foi atingida por um míssil teleguiado anticarro disparado pelos russos. Esta viatura dirigia-se em direção aos civis para os retirar da fábrica”, afirmou o regimento no serviço de mensagens Telegram. “Um combatente foi morto e seis ficaram feridos”, acrescentou.
“O inimigo continua a violar todos os acordos e a desrespeitar as garantias de segurança das evacuações de civis”, prosseguiu a curta mensagem do controverso regimento, que tem sido conotado com a extrema-direita neonazi.
As evacuações sob a égide da ONU do Comité internacional da Cruz Vermelha, que se iniciaram no passado fim de semana, deveriam prosseguir hoje no imenso complexo siderúrgico de Azovstal, a última bolsa de resistência ucraniana no porto estratégico de Mariupol, sudeste do país.
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o exército russo prossegue a sua ofensiva “destinada a assumir o controlo da fábrica”, apesar do cessar-fogo unilateral que anunciou na quarta-feira e com a duração de três dias, de quinta-feira a sábado.
O controlo do Azovstal permitirá a Moscovo reivindicar o controlo total de Mariupol, porto estratégico no extremo sul do Donbass com 500.000 habitantes antes da guerra mas agora devastado após dois meses de cerco e bombardeamentos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.