O presidente da Comissão Organizadora do Rali Vinho Madeira, Paulo Fontes, desvalorizou hoje a ausência do Rali Vinho Madeira do Campeonato Europeu, sublinhando que "integra a Taça da Europa, mantendo-se por isso uma prova FIA, de nível internacional".
"De acordo com o regulamento, nenhum país pode ter mais do que uma prova no ERC. Se a Madeira ocupasse a vaga deixada pela Irlanda, os Açores teriam de sair e, como foi anunciado recentemente, o rali açoriano renovou contrato por mais três anos", disse Paulo Fontes, em conferência de imprensa, a dois dias do arranque da prova.
A organização madeirense também deixou clara a falta de interesse em integrar este Campeonato da Europa, uma vez que, segundo o diretor da prova madeirense, Pedro Araújo, "não há observação da Federação Internacional do Automóvel (FIA) nas provas do ERC, o que pode pôr em causa a qualidade das provas que integram esta competição".
Neste contexto, Paulo Fontes referiu-se "às sucessivas saídas de outros ralis históricos do Campeonato da Europa" e disse que o ERC organizado hoje pela Eurosport faz exigências financeiras e logísticas difíceis de suportar, incluindo um ‘ferry’ para o transporte das viaturas e dois helicópteros para cobertura mediática.
Este responsável esclareceu ainda que, "tendo em conta a situação económica da Região Autónoma da Madeira, o Rali Vinho Madeira optou por integrar uma competição mais modesta, mas com prestígio internacional e com inovações, como é a integração no TER – Tour European Rally, que garante promoção da Madeira em vários destinos internacionais".
O Rali Vinho Madeira conta com 44 inscritos e será disputado entre quinta-feira e sábado. A emblemática prova madeirense conta com 19 provas especiais de classificação e com um quadro de pilotos portugueses de qualidade, encabeçado pelo português Bruno Magalhães, vencedor de quatro edições, entre as quais no ano passado.
C/Lusa