“O KPRF sempre esteve na vanguarda e questionou as autoridades de todos os assuntos para apoiar e garantir a segurança do nosso país, tanto hoje como para o futuro”, disse Putin citado pela página oficial do Kremlin.
O Presidente russo sublinhou que o diálogo com os comunistas “é agora duas ou três vezes mais necessário”.
Segundo Putin, o KPRF garante “um apoio substantivo ao debate político, à busca das soluções mais aceitáveis e racionais para o desenvolvimento do país no âmbito social, económico, de defesa e segurança”.
“Nesta área, nunca registámos contradições”, assinalou o chefe do Kremlin.
Por sua vez, o conservador líder comunista valorizou o diálogo com as autoridades do país.
“Valorizamo-lo sobretudo nos tempos atuais, quando na prática e contra a nossa civilização, contra o mundo russo, foi declarada uma cruzada e uma nova guerra”, disse.
Segundo Ziuganov, para os comunistas, agora o importante é “o partido da Rússia, da sua soberania e independência”.
A reunião de Putin com o tradicional líder dos comunistas, que têm Estaline como uma das referências, foi a primeira de uma série de consultas com os chefes dos partidos com representação na Duma (parlamento), e que antecede a mensagem que dirigirá ao plenário do Duma e ao país no próximo dia 21 de fevereiro, nas vésperas do primeiro aniversário da campanha militar na Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.