“Trata-se de uma realidade que chocou, senti isso, todos os portugueses”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas à chegada ao arquipélago da Madeira.
“Era preciso testemunhar imediatamente esse conforto, essa solidariedade, esse apoio ao povo madeirense”, prosseguiu o chefe de Estado português, ao lado do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, indicando que irá deslocar-se ao local do incidente, ao hospital e às instalações da Proteção Civil local.
Questionado sobre o apuramento das responsabilidades, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “neste momento de dor” o importante agora “é testemunhar a solidariedade, é testemunhar o conforto e estar junto daqueles que sofrem”.
“Isso é que é importante”, concluiu.
Treze pessoas morreram e 49 ficaram feridas na sequência da queda de uma árvore de grande porte ocorrida hoje durante a Festa do Monte.
Já no local do incidente, e em novas declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que não cabe ao Presidente da República opinar sobre o apuramento de responsabilidades e o respetivo inquérito a este incidente.
“O Presidente da República não tem de opinar sobre isso. Isso é uma matéria da competência das autoridades regionais”, indicou.
“O Presidente da República está a traduzir a solidariedade clara, total e incondicional dos portugueses. (…) Não vou opinar sobre isso, é uma questão que tem o seu momento e tem as entidades competentes para o efeito. Este ainda não é o momento”, prosseguiu.
E lembrou que este é o momento de olhar para as vítimas do incidente e as respetivas famílias.
“Este é o momento anterior a isso. Lembrem-se que, neste momento, estão a ser atendidos feridos, uns mais graves, outros menos graves, e estão a ser consoladas as famílias”, salientou.
“Não é o Presidente a ter competências nessa matéria. Quem tem essa competência, na altura adequada, e penso que não é esta naturalmente, tomará a iniciativa que deva entender que deve ser tomada”, concluiu.
O incidente ocorreu cerca das 12:00, num local onde se concentravam muitas pessoas para participar naquele que é considerado o maior arraial da Madeira, momentos antes de sair a procissão, que foi cancelada.
Fontes no local referem que a árvore estava amarrada há dois anos e o tronco estava oco.
No ano passado, as festividades de caráter mais profano deste arraial foram canceladas devido aos incêndios que afetaram o Funchal na segunda semana de agosto.
LUSA