“É um marco significativo, mas não deixa de ser ainda o início de um caminho que ainda é bastante longo”, afirmou Diogo Serras Lopes.
Entre o milhão de vacinas, 284 mil foram segundas doses e as restantes 716 mil foram primeiras inoculações.
O momento em que foi administrada a milionésima vacina contra a covid-19 foi protagonizado por Suzete, 90 anos, que em frente a dezenas de jornalistas recebeu hoje a segunda dose no Pavilhão Desportivo da Ajuda, em Lisboa.
Com as duas doses já tomadas, fica agora mais descansada. “Eu também tenho tido muito cuidado e faço tudo à risca, como mandam. Se tenho a oportunidade de ficar em casa, fico em casa”, contou, acrescentando, por outro lado, que não pensou duas vezes quando a chamaram para ser vacinada.
Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado, que assistiu ao momento, referiu que o ritmo do processo de vacinação ronda, atualmente, cerca de quatro mil doses por dia.
“Para conseguirmos atingir as mais de 16 milhões de vacinas que queremos dar, obviamente que o ritmo vai ter de ser maior. Isso implica que espaços como este tenham de ser ampliados e vai implicar, certamente, outras respostas”, afirmou, assegurando que a falta de capacidade nunca será um limite.
O único limite, acrescentou Diogo Serras Lopes, é o número ainda insuficiente de vacinas disponíveis e as limitações associadas à vacina da AstraZeneca que, de acordo com a orientação da Direção-Geral da Saúde (DGS), dever ser preferencialmente utilizada para pessoas até aos 65 anos de idade.
“Isto significa que há um escalão etário que tem menos capacidade de ser vacinado, porque não há vacinas suficientes disponíveis”, explicou, afirmando também que essa orientação poderá também ser revista quando houver mais dados sobre a vacina.
O processo de vacinação contra a covid-19 arrancou no final do ano passado, em 27 de dezembro, chegando primeiro aos profissionais de Saúde, das forças armadas e de segurança, e aos profissionais e utentes de lares de idosos.
A partir de fevereiro, foram incluídas as pessoas com 80 ou mais anos de idade e aquelas a partir dos 50 anos com patologias mais graves.
C/Lusa