“Estes valores têm vindo a aumentar”, disse Cristina Abreu Santos, exemplificando que em dezembro o país estava a fazer uma média de 34 mil testes por dia e nos primeiros 26 dias de janeiro foram realizado uma média de 52 mil testes ao dia.
Segundo a responsável, trata-se de “uma evolução natural com um investimento e com o reforço numa reserva estratégica que o Ministério da Saúde pôs à disposição dos laboratórios do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
Os dados avançados pelo INSA referem que na terceira semana de janeiro conseguiu-se fazer cerca de 450 mil testes semanais, o que coloca Portugal no quinto lugar de países da União Europeia a realizar mais testes por milhão de habitantes.
“Se formos comparar com todo o ano 2020, o máximo que tínhamos feito por semana tinha sido 286 mil testes, ou seja, passámos de um máximo em 2020 de 286 mil testes para a terceira semana de janeiro com 450 mil testes”, salientou.
Cristina Abreu Santo assinalou que a capacidade de testagem tem sido progressiva com um esforço de setores público, privado e também das instituições de investigação universitárias.
Durante a audição, o presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Fernando de Almeida, anunciou que o INSA vai iniciar em breve o segundo inquérito serológico Covid-19.
O primeiro inquérito serológico Covid-19, que decorreu entre março e junho de 2020, visou caracterizar a distribuição dos anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 e determinar a extensão da infeção na população residente em Portugal.
Este estudo visa também determinar e comparar a seroprevalência de anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 por grupo etário e por Região de Saúde, assim como determinar a fração de infeções assintomáticas
Os resultados do primeiro Inquérito Serológico Nacional COVID-19 (ISN COVID-19) indicaram uma seroprevalência global de 2,9% de infeção pelo novo Coronavírus na população residente em Portugal, não tendo sido encontradas diferenças significativas entre regiões e grupos etários