Entre os países lusófonos que constam no índice, Brasil é o pior (111.º), tendo descido quatro posições. Cabo Verde desceu dois lugares (27.º), Timor-Leste subiu sete (71.º), Guiné-Bissau desceu um (95.º) e Moçambique quatro (108.º), enquanto Angola subiu três (103.º).
No documento dos RSF sublinha-se que houve uma "deterioração dramática" da liberdade de imprensa desde que a pandemia atingiu o planeta.
No novo índice mundial traça-se um quadro duro e conclui-se que 73% das nações do mundo têm sérios problemas com a liberdade de imprensa.
Para os RSF, os países utilizaram a pandemia do novo coronavírus, que eclodiu na China em finais de 2019, "para bloquear o acesso dos jornalistas à informação, fontes e reportagens no terreno".
Este é particularmente o caso na Ásia, no Médio Oriente e na Europa, sustentou a organização.
Os RSF salientaram também a queda na confiança do público no próprio jornalismo. A associação indicou que 59% das pessoas inquiridas em 28 países afirmaram que os jornalistas "tentam iludir o público de forma deliberada, divulgando informação que sabem ser falsa".