A ministra, que participou hoje no Dia da Defesa Nacional na Base Aérea n.º 5, em Monte Real, sublinhou que Portugal está já “a participar ativamente em algumas coligações de treino, sobretudo”.
“Temos aprofundado a nossa contribuição em termos de treino, tanto nos F-16, como nos [carros de combate] Leopard e estamos disponíveis para nos associarmos a outras coligações que estão em constituição, designadamente na área da desminagem, e avaliar a possibilidade de o fazer noutras coligações”, afirmou Helena Carreiras.
Portugal participou quarta-feira numa reunião dos aliados da Ucrânia, realizada na base norte-americana de Ramstein, na Alemanha.
Presente nesse encontro, Helena Carreiras disse ter sentido que “a unidade e a coesão continuam presentes. Isso é importante. Senti esse esforço coletivo a produzir efeitos”.
Na Alemanha, foram aferidas as necessidades da Ucrânia na guerra e “os países pronunciaram-se sobre o que são as suas ofertas de material”, voltando a ser sublinhado “a importância do apoio aéreo, bem como as munições”.
Uma das novidades que a ministra da Defesa Nacional identificou na reunião dos aliados foi a ideia de os países se organizarem de forma a "cobrir as diferentes dimensões, na Marinha, na Força Aérea, no Exército” mas, também, “as áreas da inovação, das novas tecnologias, das forças especiais, em que o apoio à Ucrânia vai ser muito importante”.
“Esta é uma guerra de logística”, vincou Helena Carreiras e, por isso, “é fundamental dar equipamentos” mas, também “ter como mantê-los, como sustentá-los, como treinar as pessoas que vão operar esses equipamentos, conseguir sobressalentes para as reparações. Isto envolve um esforço muito amplo e conjugado e é isso que estamos a ver acontecer”.
Em Monte Real, onde se encontrou com alunos no âmbito do Dia da Defesa Nacional, a ministra avançou, em conversa com os participantes, que Portugal já enviou 1.100 toneladas de material para a Ucrânia, preparando-se nova remessa, nomeadamente de fardamento capaz de suportar o inverno.