É a "primeira" unidade estrangeira "a fornecer tal ajuda", escreveu Etienne de Poncins numa mensagem na rede social Twitter.
“Orgulhoso em receber em Lviv o destacamento de polícias técnicos e científicos que vieram ajudar os seus camaradas nas investigações de crimes de guerra cometidos em Kiev”, declarou o embaixador.
"Eles estarão a trabalhar amanhã [terça-feira]", indicou ainda Etienne de Poncins.
"Solidariedade", declarou o diplomata, acrescentando os ‘emojis’ das bandeiras francesa e ucraniana. Esta mensagem no Twitter também foi traduzida para o ucraniano.
"Uma equipa técnica do Ministério do Interior responsável por fornecer a sua experiência em termos de identificação e recolha de provas às autoridades ucranianas chegou na manhã de hoje à Ucrânia", afirmaram, por sua vez, num comunicado conjunto os ministérios do Interior, da Justiça e dos Negócios Estrangeiros de França.
"De acordo com as autoridades ucranianas, também poderão contribuir para a investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI)", referiu a nota.
Etienne de Poncins, por sua vez, acompanhou a sua mensagem com uma foto com cerca de quinze polícias – incluindo uma mulher – em uniformes azuis, posando em frente a um camião branco do Instituto de Investigação Criminal da Polícia Militar [‘Gendarmerie’] Nacional (IRCGN, em francês), no qual estava escrito "laboratório de ADN móvel".
Esses polícias são "especialistas em cena de crime e identificação de vítimas", disse o comunicado de imprensa dos ministérios franceses.
Acompanham também esta equipa dois médicos forenses que “poderão montar uma cadeia para examinar e identificar corpos”.
Na sexta-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a França estava "a reunir provas" contra "crimes de guerra russos" na Ucrânia.
Na ocasião, Macron anunciou o envio de polícias militares e de magistrados franceses para o país.
A guerra começou em 24 de fevereiro, quando Moscovo invadiu a Ucrânia após ter concentrado dezenas de milhares de tropas no lado russo da fronteira com o país vizinho, bem como do lado da Bielorrússia, um país aliado de Moscovo.
Desde então, os combates mataram milhares de civis e militares, num balanço ainda por confirmar, e destruíram várias cidades e infraestruturas na Ucrânia. Mais 11 milhões de pessoas fugiram dos seus locais de residência, incluindo 4,5 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A comunidade internacional reagiu à invasão da Ucrânia com sanções económicas e políticas contra a Rússia e o fornecimento de armas e de apoio humanitário às autoridades de Kiev.
Lusa