"Vamos aumentar a nossa produção e, no final do ano, pensamos ter 2,5 mil milhões de doses da vacina produzidas", afirmou Kathrin Jansen, que participou, por videoconferência, no encontro Ciência 2021, promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em colaboração com a Agência Nacional de Cultura Científica e Tecnológica – Ciência Viva.
Segundo a cientista, que liderou o desenvolvimento da vacina Pfizer/BioNTech, a empresa vai trabalhar em novas fórmulas da vacina que permitam o seu armazenamento de uma forma mais fácil, assim como o reforço da imunização conferida pelo fármaco.
"Vamos explorar o reforço da imunização, porque não sabemos quando a eficácia (da vacina) pode reduzir-se e queremos estar preparados", adiantou Kathrin Jansen, ao salientar que, "antes mesmo de a Organização Mundial de Saúde declarar a pandemia, já era claro para alguns que a melhor maneira para lidar (com a Covid-19) era com o desenvolvimento de uma vacina".
Segundo a cientista, a vacina da Pfizer/BioNTech "levou apenas nove meses" até receber a autorização para uso de emergência nos Estados Unidos e, até à última semana, o fármaco já recebeu a autorização em mais de 80 países e já foram entregues mais de 800 milhões de doses a nível global.
A vacina desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer e pelo laboratório alemão BioNTech, que é administrada em duas doses, utiliza uma nova tecnologia na área das vacinas, assente numa molécula denominada RNA mensageiro (mRNA).