“Questionados sobre se a Trissomia 21 devia ou não ser incluída nos grupos prioritários, fomos fazer uma análise ao impacto desta doença no internamento e na mortalidade e tendo concluído que sim, que impacta, pelo menos em Portugal e noutros países, obviamente fizemos essa proposta à ‘task force’ e ao gabinete do secretário de Estado e a proposta foi bem acolhida”, frisou.
Segundo Graça Freitas, em causa estarão cerca de 3.500 pessoas com esta condição e uma idade acima dos 16 anos, embora a população total com Trissomia 21 corresponda a “cerca de 6.000 pessoas”, mas que não podem ser neste momento vacinadas face ao licenciamento das atuais vacinas apenas a partir de determinada idade: 16 anos para a vacina da Moderna e 18 anos para as vacinas da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca.
“Estamos abertos a poder analisar outros grupos que vão sendo propostos, quer no âmbito de reduzir morbilidade e mortalidade, quer noutros âmbitos, nomeadamente, acrescentar resiliência à sociedade. Sendo um plano estabilizado nas suas linhas mestras, pode e deve sofrer ajustes em função das necessidades do país”, acrescentou Graça Freitas, abrindo a porta à inclusão de outras condições clínicas entre os grupos prioritários para a vacinação.