De acordo com dados oficiais publicados pelos procuradores de tribunais de menores na rede social Telegram, até ao momento 429 crianças foram mortas em diferentes ataques em todo o país, especialmente nas regiões do leste da Ucrânia, as mais afetadas pelos ataques russos.
Além disso, mais de 817 sofreram ferimentos de vários tipos e precisaram de assistência médica.
Esses números não são definitivos, pois os procuradores continuam a trabalhar para estabelecer o número de vítimas infantis em locais onde há combate, nos territórios ocupados temporariamente pelos russos e naqueles que já foram libertados pelo Exército ucraniano.
Devido aos bombardeamentos e ataques das forças armadas da Federação Russa, 2.663 instituições de ensino em toda a Ucrânia sofreram danos e cerca de 326 destas foram completamente destruídas, segundo as mesmas fontes.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.