De acordo com o Centro de Pesquisa Subaquática Minderoo-UWA, que partilhou imagens do peixe – da família Liparidae e do género Pseudoliparis -, o animal foi ‘apanhado’ por uma câmara acoplada a uma estrutura metálica, operada à distância e lançada nesta fossa oceânica pelo navio DSSV Pressure Drop. Uma isca foi adicionada à estrutura para atrair a vida marinha.
Segundo o investigador Alan Jamieson, professor da Universidade da Austrália Ocidental e principal responsável desta ‘viagem’ ao fundo do oceano, o peixe em questão estava na profundidade máxima em que um peixe pode sobreviver ou muito próximo dela.
A 8 kms de profundidade os peixes estão sob uma pressão de mais de 80 megapascais, o que corresponde a 800 vezes a pressão na superfície do oceano.
Só os corpos gelatinosos e não ter bexiga natatória permite que estes peixes sobrevivam a esta profundidade.
Até agora, a observação mais profunda de peixes alguma vez registada era de 8.178 metros, no sul do Pacífico, na Fossa das Marianas.