“A decisão da TAP de requerer, com o patrocínio do Governo, a declaração de insolvência da SPDH Groundforce não resolve o problema da empresa. Pelo contrário, agrava-o e adia uma solução”, afirma Alfredo Casimiro, que é também acionista maioritário com 50,1% da empresa de ‘handling’, em comunicado.
No entender do gestor, “a Groundforce não é um problema para a TAP. A TAP, sim, é um problema para a Groundforce”, considerando que “nenhum dos graves problemas” que a companhia aérea enfrenta se resolverá à custa da empresa de ‘handling’ (assistência em terra nos aeroportos).
“É, por isso, irresponsável, agravar a situação da Groundforce porque, inevitavelmente, isso agravará também a situação da TAP e de todos os trabalhadores deste universo”, considera.
Alfredo Casimiro acusa o Governo de ter “dois pesos e duas medidas, senão mesmo duas caras”: “Usou uma cara para lidar com uma empresa pública que nacionalizou, a TAP, e outra cara para lidar com uma empresa privada que parece querer nacionalizar, a Groundforce”.
O presidente do Conselho de Administração considera que “tal comportamento é inaceitável num estado de direito” e acrescenta que “a crise pandémica afetou, de igual modo, empresas públicas e privadas”.
“Reiteramos que é, portanto, inaceitável que um Governo use dois pesos e duas medidas, consoante gosta ou não gosta de uma empresa, respeita ou não respeita um empresário”, insiste Alfredo Casimiro.