O Conselho Nacional da Mulher (NWC, na sigla em inglês) garantiu hoje que esta mudança é "um passo significativo" na luta pela igualdade de género no campo da política, ainda dominado por homens neste país.
De acordo com a nova legislação, as formações políticas que não cumprirem as quotas estabelecidas poderão perder até 50% do financiamento público que recebem.
A diretora do NWC, Orla O’Connor, lembrou que apenas 22,5% dos deputados da câmara baixa do Parlamento de Dublin são mulheres e disse estar convencida de que os partidos terão "tempo suficiente" para reformar as suas listas a tempo das próximas eleições gerais, marcadas para 2025.
“Sabemos que tem sido difícil para algumas formações chegar aos 30% nas eleições passadas. Mas agora têm tempo para se prepararem devidamente”, disse a ativista.
O’Connor sublinhou que a política de quotas será eficaz no esforço de combater a desigualdade de género na Irlanda, onde a representação de mulheres nas eleições gerais de 2020 foi menor do que na China ou no Iraque, por exemplo.
“As mulheres representam 50% da população e é muito importante que, em termos de tomada de decisões sobre as questões mais importantes que afetam as nossas vidas, tenhamos representação igualitária”, concluiu O’Connor.