"Como sabem, iria partir hoje para uma peregrinação de paz e reconciliação nas suas terras. O Senhor sabe como é grande o meu pesar por ter sido obrigado a adiar esta tão desejada e tão esperada visita. Mas não percamos fé e esperança de nos encontrarmos logo que possível”, afirmou Francisco numa mensagem difundida pelo Vaticano.
Falando da República Democrática do Congo, alertou para a “exploração, violência e insegurança em particular no leste do país, onde os confrontos armados continuam causando sofrimentos inúmeros e dramáticos, exacerbados pela indiferença e complacência de muitos”.
Em relação ao Sudão do Sul, apelou para a “paz do seu povo que, exausto pela violência e pela pobreza, espera os factos concretos do processo de reconciliação nacional para o qual deseja contribuir".
“Congoleses e sul-sudaneses, as palavras neste momento não são suficientes para vos transmitir a proximidade que gostaria de expressar e o carinho que sinto por vocês", disse.
O Vaticano anunciou em 10 de junho o adiamento desta viagem, reacendendo as preocupações sobre o estado de saúde do Papa.
Em abril, durante uma viagem de dois dias a Malta, o Papa surgiu enfraquecido por problemas nas articulações e teve de usar uma plataforma elevatória para entrar e sair do avião.
Em maio, o Líbano anunciou o adiamento da visita do Papa marcada para junho, por “razões de saúde”.
Apesar dos problemas, o Papa confirmou em junho uma viagem ao Canadá entre os dias 24 e 30 deste mês.
Sofrendo de dores fortes no joelho direito, o Papa argentino, que em maio apareceu em cadeira de rodas, tendo sido nessa altura explicado que estava a ser sujeito a infiltrações, injeções de anti-inflamatórios à base de corticoides.
O chefe da Igreja Católica também sofre de dores na anca, que o fazem coxear, e em julho de 2021 foi submetido a uma operação ao colón.
Lusa