“Esta manhã, soube com tristeza do naufrágio ao largo da costa da Calábria, perto de Crotone. Quarenta mortos já foram recuperados, entre eles muitas crianças. Rezo por cada uma delas, pelos desaparecidos e pelos outros migrantes sobreviventes”, disse Francisco no final do Angelus na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano.
O naufrágio ocorreu de madrugada, numa altura de forte agitação marítima.
As equipas de socorro disseram que encontraram 43 corpos e 80 sobreviventes.
Entre as vítimas encontram-se muitas crianças, incluindo um recém-nascido, e mulheres, segundo relatos dos socorristas.
As autoridades receiam que o número de vítimas mortais possa aumentar, dado que, segundo relatos de sobreviventes, estariam entre 150 e 250 pessoas a bordo.
A imprensa italiana noticiou que os migrantes são do Iraque, Irão, Síria e Afeganistão.
As imagens da polícia italiana mostravam destroços de madeira espalhados ao longo de uma centena de metros da praia.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou o seu “profundo pesar” pela tragédia e disse que era “criminoso colocar um barco de 20 metros com 200 pessoas a bordo e uma previsão do mau tempo” no mar.
A localização geográfica da Itália torna-a um destino privilegiado para os requerentes de asilo que se deslocam do Norte de África para a Europa e Roma há muito que se queixa do número de chegadas no seu território.
Segundo o Ministério do Interior italiano, quase 14.000 migrantes desembarcaram em Itália desde o início do ano, contra cerca de 5.200 durante o mesmo período do ano passado e 4.200 em 2021.