Ontem, cerca de 60 voos foram cancelados sem previsão para da data da sua realização.

O voo com 15 elementos dos Bombeiros Voluntários da Região Autónoma dos Açores chegou à Madeira pelas 00:14. Foram recebidos pelo secretário da saúde e proteção civil, Pedro Ramos.

São 15 bombeiros voluntários, que vão integrar as forças de combate aos incêndios.

A esta hora da noite, o incêndio, na Serra de Água, parece mais calmo que na noite passada mas o lume próximo das habitações deixa os moradores num clima de tensão constante.

Os moradores da fajã das galinhas estão apreensivos pelo facto das chamas continuarem próximo às casas. No Paul da Serra, ao longo do dia foram abertas faixas de contenção para impedir a progressão do fogo.

Uma embarcação com 21 pessoas a bordo acostou no porto de La Restinga, elevando para 196 os migrantes recebidos hoje em El Hierro, nas Canárias, enquanto 64 pessoas chegaram, em quatro barcos, a ilhas das Baleares, anunciaram as autoridades espanholas.

Este ano as Festas de São Roque contaram com 420 mordomos. Uma festa religiosa que se prolonga por 12 dias em honra do padroeiro da freguesia do Funchal.

Proibição total, é essa a opinião de Miguel Sequeira, ex-presidente do IFCN. Falou sobre plantas endémicas perdidas, disse que apesar da Laurissilva não estar a ser afetada o problema mantem-se. Disse ainda que a realização da festa dos Fachos, em Machico, "é quase um insulto aos bombeiros".

Na análise aos incêndios na madeira, os especialistas lembram que a Região está perante as piores condições atmosféricas no combate às chamas. O geógrafo Raimundo Quintal tece duras críticas à falta de prevenção. Já a Quercus pede fiscalização no uso de material pirotécnico nos arraiais. 

O engenheiro Rocha da Silva foi convidado do Telejornal e disse respeitar a opinião dos outros mas deixa uma pergunta: "se o gado na serra fosse solução porque é que há incêndios na Grécia e em Canárias?"

"Isto não é normal. Não vemos isto nos Açores. O que é que se está a passar com o nosso território?", disse o geólogo João Batista, convidado do Telejornal Madeira. Batista deixou criticas à estratégia de conservação da natureza, dizendo que se a ilha fosse um paciente e continuar desta forma vai "acabar por morrer".

Elmina de Jesus festejava hoje 91 anos. Uma data que não foi esquecida, embora com a festa a acontecer no pavilhão da Ribeira Brava, para onde foi evacuada devido aos incêndios.

Na Serra de Água cerca de 70 pessoas vão passar a noite no pavilhão da Ribeira Brava. Ao longo do dia as chamas surpreenderam a população. A queda de pedras agravou o problema.

Olham de longe do muro da estrada. Não muito distante ainda há lume, que impede os residentes da Fajã das Galinhas de regressarem a casa. No ar há angustia, medo e muita tristeza

A junta de freguesia do Jardim da Serra estima que 80% da área da freguesia jardim da serra tenha sido consumida pelas chamas. Neste momento, o tempo é de contabilizar estragos. Muitas culturas foram perdidas, sobretudo de cerejeiras e castanheiros

Muita emoção. depois de dias de angustia e sofrimento. O regresso a casa dos residentes no Curral das Freiras foi um momento emotivo, de felicidade. Mas os testemunhos são de quem viveu momentos de pânico, sem dormir durante mais de um dia.

António Nunes, presidente do Conselho Direito da Proteção Civil Regional, foi convidado do Telejornal, onde fez um ponto de situação. Falou sobre os meios utilizados, dizendo que mais do que os suficientes foram os adequados. Revelou que a situação está melhor do agora do que estava.

Mantêm-se as três frentes ativas do incêndio na Madeira, na Encumeada, Paul da Serra e Serra de Água. Estão envolvidos 200 bombeiros e 40 viaturas no combate às chamas. Cerca de 160 pessoas devem passar a noite fora de casa.

É um trabalho incansável, não isento de riscos. O helicóptero ao serviço da Proteção Civil da Madeira já efetuou 20 missões, tendo feito 150 descargas desde quarta-feira. O que representa mais de 120 mi litros de água transportada e despejada em diferentes focos de fogo

A professora catedrática na área da Biodiversidade e Ecologia na Universidade de Coimbra Helena Freitas manifestou-se hoje “muito apreensiva” com o incêndio na Madeira, que ameaça “a relíquia” da floresta Laurissilva, classificada como Património Mundial.