Juan Guaidó apelou a protestos em todo o país por ocasião do Dia da Juventude para "enviar uma mensagem" aos militares.
"Vamos nos mobilizar em todo o país para obter ajuda humanitária que permitirá responder à crise", realçou.
Guaidó anunciou no domingo que a ajuda humanitária para a Venezuela retida em Cúcuta (Colômbia) vai entrar em território venezuelano nos “próximos dias”.
“A ajuda está numa espécie de centros de armazenamento e esperamos que nos próximos dias tenhamos a entrada da primeira ajuda humanitária”, disse Guaidó aos jornalistas depois de assistir à missa dominical em Caracas.
Movimentos próximos ao regime também anunciaram para hoje ações de rua de apoio ao Presidente Nicolas Maduro.
A manifestação de hoje foi anunciada no passado dia 02 por Guaidó, que falava perante milhares de apoiantes concentrados em Las Mercedes, leste de Caracas, onde apelou à continuação da luta contra o regime de Nicolás Maduro.
Guaidó autoproclamou-se Presidente interino a 23 de janeiro, dias depois da posse de Nicolás Maduro para um segundo mandato, após uma eleição considerada ilegítima pela UE.
A maioria dos países da União Europeia (UE), incluindo Portugal, os Estados Unidos, o Canadá e vários países latino-americanos, designadamente o Brasil e a Colômbia, reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino com a missão de realizar eleições presidenciais livres e transparentes.
A crise política na Venezuela, onde residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes, soma-se a uma grave crise económica e social, com escassez de bens e serviços essenciais, que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.
LUSA