"As notícias mais recentes sobre a reposição de voos pela TAP, com um número muito insuficiente a partir do Aeroporto do Porto não podem iludir, antes confirmam a questão essencial: a necessidade de um efetivo controlo público da TAP, afirmando-a como companhia de ‘bandeira’, ao serviço do país e do seu desenvolvimento", assinala, em comunicado, a Direção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP.
O plano de retoma das operações da transportadora aérea foi conhecido na segunda-feira e prevê 27 voos semanais até ao final de junho e 247 no mês seguinte, sendo a maioria de Lisboa.
Para julho, a TAP prevê ligações diretas do Porto a Paris, ao Luxemburgo e à Madeira.
Para o partido, que apresentou no início de maio uma proposta de nacionalização da TAP, o número de ligações e de voos agora definidos para o Aeroporto do Porto não correspondem às necessidades das populações, nem da região e, por outro lado, "refletem opções de gestão que não colocam como prioridade o desenvolvimento do país como um todo".
"Na verdade, trata-se de mais um episódio decorrente da ruinosa privatização feita pelo governo PSD/CDS que o governo minoritário do PS nunca quis reverter devidamente, abdicando do necessário controlo público sobre a empresa e da definição estratégica das suas opções", defende aquela direção regional.
Sem desvalorizar a gravidade da decisão, o PCP considera que é urgente uma intervenção do Estado, "que salve a empresa, mas assuma o seu controlo público, colocando-a ao serviço do país e do seu desenvolvimento".
A companhia aérea já tem a informação da retoma da atividade disponível no seu ‘site’, avisando que as rotas podem vir a ser alteradas caso as circunstâncias o exijam.
A transportadora aérea nacional tem a sua operação praticamente parada desde o início da pandemia, à imagem do que aconteceu com as restantes companhias, prejudicadas pelo confinamento e pelo encerramento de fronteiras para conter a Covid-19.