“A nossa preocupação agora é com os países mais vulneráveis, que são os menos equipados para lidar com a situação atual”, disse o porta-voz do Secretariado da ONU, Stéphane Dujarric, ao ser questionado sobre as guerras tarifárias em vigor.
Dujarric indicou que a posição do líder da ONU, António Guterres, é que “numa guerra comercial, ninguém ganha”.
A ONU disse acreditar que as tarifas, anunciadas na quarta-feira, e consequente guerra comercial, vão ter “um impacto negativo” no progresso em direção aos ODS, uma coleção de 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Na quarta-feira, num dia que apelidou de “dia da libertação”, Trump impôs uma tarifa de 10% sobre as importações de 184 países e territórios, incluindo a UE.
No caso da China, por exemplo, Trump anunciou uma tarifa de 34%, somando-se aos 20% já em vigor, elevando o total para 54%.
Mas, entre as nações com as tarifas mais elevadas anunciadas por Washington estão alguns países com rendimentos mais baixos do mundo, como o Lesoto, o Camboja, o Laos, Madagáscar e Myanmar (antiga Birmânia), com novas tarifas superiores a 45%.
As elevadas tarifas desencadearam uma queda nos mercados do dólar, do petróleo e das ações em todo o mundo, com os mercados financeiros a anteciparem um declínio no crescimento e no comércio global.
Lusa