D. Nuno Brás considera que passados todos estes anos as razões que levaram à aplicação da pena deixaram de existir.
Recorde-se que o padre Martins Júnior foi suspenso a 27 de julho de 1977 pelo então Bispo D. Francisco Santana.
O atual Bispo do Funchal ouviu o Padre Martins Júnior, o Conselho Episcopal e os Consultores e decidiu revogar a referida pena de suspensão.
Quase 42 anos depois, o Padre Martins Júnior volta a ser nomeado Administrador Paroquial da Ribeira Seca.
D. Nuno Brás vai visitar a paróquia da Ribeira Seca no dia 14 de julho, pelas 17 horas.
Martins Júnior foi também presidente da Câmara Municipal de Machico pela UDP (1989) e pelo PS (1993) e deputado na Assembleia da Madeira.
O bispo Francisco Santana retirou-lhe, em 1974, a paróquia da Ribeira Seca por ter recusado entregar a chave da igreja. Tal situação levou à suspensão ‘a divinis’, em 1977.
Contudo, desafiando a diocese, o sacerdote continuou a celebrar missa porque "o povo assim quis", conforme disse à agência Lusa em 2016.
Em 2010, a diocese do Funchal também proibiu a visita da imagem peregrina de Fátima à igreja da Ribeira Seca pelo facto de a mesma estar "indevidamente ocupada", por um padre suspenso ‘a divinis’.
Quando tomou conta da diocese do Funchal este ano, o novo bispo declarou que ia dar atenção aos “casos particulares e pessoais” existentes na igreja madeirense,
“Hão de ser tratados particularmente e pessoalmente", disse, então, o prelado madeirense.
C/ LUSA