"O objetivo deste primeiro encontro foi dar a conhecer as metas definidas pela tutela na área clínica para os próximos anos, assente num modelo organizativo centrado no utente e nos profissionais de saúde", referiu o governante, em comunicado de imprensa.
Mário Pereira, médico ortopedista do Sesaram e ex-deputado centrista no parlamento madeirense, foi nomeado esta semana pelo Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, após a polémica que motivou o afastamento de Filomena Gonçalves, inicialmente apontada para o cargo de diretora clínica.
Notícias divulgadas na semana passada pelos órgãos de comunicação social regionais davam conta de que cerca de 90% dos diretores de serviço do Sesaram se opunham à alteração dos estatutos, de modo a permitir a nomeação de Filomena Gonçalves, indicada pelo CDS-PP.
Os estatutos do Sesaram determinam que direção clínica deve ser assumida por um médico dos quadros, ao passo que a média exerce a atividade no setor privado.
Na sequência destas revelações, Filomena Gonçalves manifestou-se indisponível para o cargo, considerando também ter sofrido uma "humilhação pública".
O Governo Regional da Madeira avançou, então, com a nomeação de Mário Pereira, que, na qualidade de deputado do CDS-PP, foi um dos maiores críticos do Serviço de Saúde da Madeira.
"Nesta reunião, foi também definida a metodologia de trabalho, tendo já ficado assumido entre ambas as partes que o médico ortopedista Mário Pereira irá assumir a direção clínica do Sesaram a partir da primeira semana de fevereiro de 2020", refere o comunicado da Secretaria da Saúde.
A nomeação de Mário Pereira ocorre num momento em que está em discussão o Orçamento da Região Autónoma, no valor de 1.743 milhões de euros, e o PIDDAR – Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da Região, de 548 milhões de euros.
A verba global para o setor da saúde é de 323,6 milhões de euros.
C/LUSA