“Já percorremos cerca de 500 milhas [náuticas] em buscas dos corpos, cerca de 30 horas de um patrulha mais 15 horas de uma lancha”, explicou Nuno Chaves.
O comandante naval falava aos jornalistas na praia do Samouco, concelho da Marinha Grande (Leiria), num ponto de situação na presença do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, do chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, almirante Gouveia e Melo, e do diretor-geral da Autoridade Marítima e comandante-geral da Polícia Marítima, almirante Ventura Soares.
O comandante naval explicou que as buscas pelos três pescadores desaparecidos vão prosseguir “até que se considere que já não há possibilidade de se encontrar qualquer corpo ou qualquer outra evidência do acidente”.
Quanto às operações de mergulho na embarcação naufragada, o responsável esclareceu que “já foram feitos quatro mergulhos, já foi percorrido cerca de 80% do espaço”, precisando que “há dois compartimentos [em] que não foi possível ainda entrar”.
Um destes é o espaço de máquinas onde os mergulhadores “encontram redes e, portanto, são redes de grande dimensão, de bitola de grande dimensão, e que não é possível remover”, esclareceu.
Nuno Chaves adiantou ainda que os mergulhadores vão “fazer mais dois mergulhos”, desfasados de duas horas cada um deles, referindo que as operações de mergulho vão prosseguir.
Questionado se a probabilidade de os três pescadores estarem no interior da embarcação começa a diminuir, o comandante naval declarou que, “com o tempo, começa a diminuir, uma vez que 80% do espaço já foi percorrido”.
Na quarta-feira, pelas 04:33, foi dado o alerta para o naufrágio da embarcação de pesca “Virgem Dolorosa” para o comando local da Polícia Marítima da Nazaré.
Dos 17 tripulantes, 11 foram resgatados. Registaram-se três mortes e há ainda três desaparecidos, naturais da praia da Leirosa, na Figueira da Foz (Coimbra).
As buscas pelos três desaparecidos foram reforçadas hoje de manhã, sendo que se iniciaram também buscas subaquáticas.
Lusa