“Uma das conclusões a que chegamos, ao contrário do que tem vindo a ser dito de forma volátil, é de que esta linha é rentável”, disse o responsável do JPP no decorrer de mais um debate sobre este projeto, numas jornadas de trabalhos que decorreram no Funchal.
No entender de Élvio Sousa, esta é conclusão retirada da comparação entre os cadernos de encargos do anterior e atual concurso público internacional para a concessão da linha marítima regular para passageiros e carga rodada, com um navio ‘ferry’, entre a região autónoma e o continente português.
“E é errado dizer que não é [rentável], já que tem uma componente de carga de mercadoria, das viaturas e dos passageiros”, disse, complementando que “com o tempo poderá ser rentabilizada e traz uma mais-valia cultural, económica, financeira e social para toda a região”.
Para o parlamentar madeirense do JPP, “perante todo o ruído criado, dizendo que não é rentável, sobretudo porque são precisas compensações indemnizatórias e pelo facto de ser pouco claro, por parte do governo, a divulgação das isenções para os armadores, é óbvio que uma ilha que vai celebrar 600 anos, está de costas viradas para o mar”.
Na opinião deste deputado, “o PSD [Madeira] não colocou esta medida no seu programa, apenas por colocar, ou seja, sabia certamente, quando fez a promessa, que a linha é possível e todas estas desculpas que se estão a dar servem para justificar outro tipo de negociatas”.
Na quinta-feira, o Conselho do Governo da Madeira prolongou por mais 40 dias o prazo para a apresentação de propostas do concurso público internacional para a concessão da ligação marítima regular entre a Madeira e o continente português.
Esta prorrogação do prazo para a apresentação de propostas desta linha com um navio ‘ferry’ “decorre a pedido de um dos interessados para ultrapassar questões burocráticas e operacionais”, informou o executivo madeirense.
A 21 de dezembro do ano passado, o executivo da Madeira autorizou a abertura do concurso público internacional para a concessão da linha marítima regular para passageiros e carga rodada, com navio ‘ferry’.
Mas, embora 13 empresas tenham levantado o caderno de encargos, nenhuma apresentou qualquer proposta até final do prazo que já tinha sido prolongado por 45 dias.
C/ LUSA