“É com muita tristeza que comunico que o meu pai morreu hoje (sexta-feira), rodeado da família”, escreveu o filho Paulo Monjardino numa publicação na página pessoal da rede social Facebook.
Álvaro Monjardino nasceu a 06 de outubro de 1930, na freguesia da Conceição, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
Licenciado em Direito, foi filiado no PSD e exerceu vários cargos políticos, como deputado à ALRAA na I e II legislaturas (pelo círculo eleitoral da Graciosa) e na III legislatura (pelo círculo eleitoral da Terceira), tendo sido eleito presidente do parlamento açoriano nas duas primeiras Legislaturas (1976/1978 e 1979/1984).
Foi ainda vogal da Junta Regional dos Açores, nomeadamente na área da Coordenação Económica e Finanças, e ocupou o cargo de ministro-adjunto do primeiro-ministro no IV Governo Constitucional, chefiado por Carlos Mota Pinto (1978-1979).
Segundo a ALRAA, além da carreira de advogado e do seu percurso político, Álvaro Monjardino foi também presidente da direção do Instituto Histórico da Ilha Terceira (1984-1999), e sócio correspondente da Academia Portuguesa de História e um dos “principais obreiros” do processo que levou à classificação do centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo como Património da Humanidade na lista da UNESCO.
A 03 de setembro de 2021, por ocasião das comemorações dos 45 anos da autonomia regional, foi homenageado pela Assembleia Legislativa, na inauguração da biblioteca do parlamento açoriano, designada, desde essa data, por Biblioteca Álvaro Monjardino, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O velório de Álvaro Monjardino terá início hoje pelas 14:00 locais (15:00 em Lisboa) na igreja da Misericórdia de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, e o funeral terá lugar no domingo, às 10:00 locais, informou a família.