Os profissionais de saúde foram contratados pela administração regional de Molise e podem exercer a profissão em Itália na sequência de uma derrogação temporária da obrigação de reconhecimento do título académico naquele país, medida permitida no contexto da atual emergência sanitária, segundo explicou a ONG "Venezuela: Pequena Veneza”.
A equipa de 18 médicos irá permanecer nesta região do sul de Itália, uma das mais afetadas nos últimos meses pela pandemia do novo coronavírus, pelo menos durante um mês.
No entanto, segundo explicou a ONG, o contrato inicial estabelecido com estes profissionais poderá ser prolongado em função da evolução da pandemia e dos recursos disponíveis.
Entre os médicos que chegaram esta terça-feira à região de Molise constam profissionais de medicina geral e interna, bem como cirurgiões.
Metade destes profissionais já residia em Itália, enquanto outros cinco viajaram de Portugal e outros quatro de Espanha.
“Estamos orgulhosos e felizes por sermos venezuelanos e de poder contribuir com os nossos conhecimentos e experiências para este belo país", declarou Adriana Martinez, uma das médicas que chegou hoje a Campobasso, a maior cidade da região de Molise, citada pela agência espanhola EFE.
A ONG local destacou ainda os laços que existem entre a Venezuela e Molise, região italiana que tem muitos habitantes emigrados na Venezuela e que conta igualmente com uma expressiva comunidade venezuelana.
A Itália tem vindo a registar nas últimas semanas um aumento de contágios pelo novo coronavírus, subida que tem colocado os hospitais italianos sob forte pressão.
Perante o aumento de casos e para conter a propagação do vírus, o governo italiano voltou a apertar as restrições e uma grande parte do país regressou na segunda-feira a um confinamento.