Uma corveta da Marinha Portuguesa vai ser afundada nos mares da Madeira, em 2017, para estimular a prática do mergulho na zona do futuro Parque Natural Marinho do Cabo Girão, informou hoje o Governo Regional.
"Os trabalhos de descontaminação do navio e a preparação do caderno de encargos para o afundamento vão ter início já de seguida, já nas próximas semanas", disse Susana Prada, secretária regional do Ambiente e Recursos Naturais, após a assinatura do protocolo de cedência da corveta Afonso Cerqueira, que decorreu hoje no Funchal e contou com a presença do Chefe de Estado-Maior da Armada, almirante Luís Macieira Fragoso.
A governante explicou que o navio será afundado no próximo verão, na área do futuro Parque Natural Marinho do Cabo Gião, em Câmara de Lobos, zona oeste da ilha.
"Devo dizer que é com muito gosto que assinei este protocolo, porque a Marinha existe para servir os portugueses", disse, por seu lado, o Chefe de Estado-Maior da Armada, sublinhando que a corveta Afonso Cerqueira "serviu os portugueses durante 40 anos" e, agora, continuará a fazê-lo, porque "continuará a ser um atrativo e a valorizar o espaço nacional".
Este é o segundo navio da Marinha a ser afundado nos mares do arquipélago com o objetivo de funcionar como recife artificial, valorizando e potenciando o turismo e a prática do mergulho.
O primeiro foi a corveta General Pereira d’Eça, afundada em julho deste ano ao largo do Porto Santo, numa área de reserva natural integral.
C/Lusa