A tradicional marcha é presidida por Vladimir Putin que vai mais tarde dirigir-se às tropas em parada, entre as quais as unidades que combatem na Ucrânia, país invadido pela Rússia, em fevereiro de 2022.
Encontram-se presentes os líderes da Bielorrússia, principal aliado da Rússia na campanha contra a Ucrânia e os chefes de Estado da Arménia, Cazaquistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Turquemenistão.
O Kremlin admitiu que as autoridades decidiram cancelar vários atos públicos relacionados com o 9 de maio (Dia da Vitória) – uma das datas mais importantes do calendário político da Rússia e que assinala a capitulação da Alemanha nazi, em 1945.
A habitual marcha do "Regimento Imortal", como é conhecido na Rússia, foi cancelada por "receio de atos terroristas de Kiev".
Numa decisão sem precedentes, a Praça Vermelha foi encerrada há duas semanas, mesmo antes do alegado ataque com aparelhos aéreos não tripulados (drones) contra o Kremlin que as autoridades russas atribuíram a Kiev.
Várias paradas militares em mais de duas dezenas de cidades da zona oeste da Rússia foram canceladas pelos mesmos motivos, assim como nos Urais e na Sibéria e na Península da Crimeia, território ucraniano anexado por Moscovo na invasão de 2014.
Apesar das hostilidades, Putin felicitou o povo ucraniano pelo Dia da Vitória, mas não o presidente Volodymyr Zelensky.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia vão desfilar hoje no centro de Moscovo, 10 mil soldados e vão ser exibidos 125 equipamentos militares, incluindo os tanques T-90; T-72 e T-14, além de peças de artilharia, baterias antiaéreas e mísseis de cruzeiro.
Na Grande Guerra Patriótica, como é conhecida a campanha soviética durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) morreram 26 milhões de cidadãos soviéticos, entre os quais oito milhões de soldados, de acordo com os dados históricos oficiais.