“Lançamos um SOS [pedido de auxílio] aos venezuelanos e à comunidade internacional. Atingimos 408 mortes no setor de saúde com critérios para covid-19 que, na sua maioria, não constam nas estatísticas oficiais”, escreveu a ONG na sua conta na rede social Twitter.
A organização publicou os nomes dos profissionais de saúde que sucumbiram à covid-19 e explicou que 15 faleceram em março deste ano, defendendo que a dificuldade de acesso às vacinas está a custar vidas.
“Exigimos respeito pelos acordos do Fundo de Acesso Global para as Vacinas Covid-19 (COVAX). De momento apenas contamos com vacinas doadas (500 mil chinesas e 200 mil russas)”, afirmou a ONG.
OS MUV dizem ainda que não chegaram ao país as vacinas acordadas com o Covax, nem os seis milhões que a Federação de Câmaras de Comércio da Venezuela (Fedecâmaras) foi autorizada a importar, “nem uma única comprada pelo executivo". "Só temos 1,5% [do necessário] para vacinar”, acrescentou a ONG.
“Exigimos um plano de vacinação com prioridades. Os nossos idosos, pessoas com comorbidades e equipas, por áreas de risco, são prioritários”, defendeu.
Segundo a ONG, há hospitais venezuelanos em colapso, "com pacientes sem oxigénio”, defendendo que “a semana da Páscoa é um momento para fazer uma chamada à reflexão, aos que ainda não compreenderam a tragédia que se vive no país”.
“Estamos na segunda vaga, quadruplicando os casos e os mortos, e o mais grave é que estão a morrer os encarregados de nos salvar da morte: o pessoal de saúde”, afirmou.
A ONG representa mais de 4.000 profissionais da saúde na Venezuela.
C/Lusa