“Até agora, (…) registámos 4.047 mortos e 16.638 feridos”, declarou o ministro durante uma conferência de imprensa em Beirute, uma semana após a entrada em vigor do cessar-fogo entre o grupo xiita pró-iraniano e Israel.
Abiad disse que a maioria das vítimas foi registada depois de 15 de setembro, quando os confrontos entre o exército israelita e o Hezbollah se transformaram em guerra aberta.
De acordo com o ministro, 790 mulheres e 316 crianças fazem parte das vítimas.
Abiad admitiu que “o número de mortos pode ser mais elevado”, uma vez que não foram registadas algumas das vítimas mortais.
Os combates mataram mais de 70 pessoas em Israel e dezenas de soldados que participaram na invasão do sul do Líbano, segundo as autoridades israelitas.
A guerra devastou os bastiões do Hezbollah no sul e no leste do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute.
Segundo uma fonte próxima do Hezbollah citada pela agência francesa AFP, o grupo perdeu centenas de homens no decurso da guerra, sobretudo a partir de setembro.
Entre as vítimas, está o líder histórico do Hezbollah, o clérigo e político Hassan Nasrallah, que foi morto em 27 de setembro num ataque aéreo israelita num subúrbio do sul de Beirute.
O cessar-fogo entrou em vigor a 27 de novembro, mas foi violado em várias ocasiões. Na segunda-feira, 11 pessoas foram mortas em ataques israelitas no sul do Líbano.
O ministro da Saúde libanês disse também que as autoridades registaram “67 ataques a hospitais, 40 dos quais foram diretamente visados”, de que resultaram 16 mortos.
“Sete desses hospitais ainda estão fechados”, afirmou Abiad.
Foram ainda contabilizados “238 ataques contra organizações de socorro, que causaram 206 mortos”, disse o ministro.
Registaram-se igualmente ataques contra 256 veículos de emergência, incluindo camiões de bombeiros e ambulâncias, acrescentou.
O Hezbollah começou a bombardear Israel a partir do sul do Líbano para ajudar o Hamas a enfrentar a ofensiva israelita em Gaza desencadeada pelo ataque do grupo extremista palestiniano de 07 de outubro de 2023.
Em Gaza, onde prossegue a guerra, foram mortas mais de 44.500 pessoas desde outubro de 2023, segundo dados das autoridades do território governado pelo Hamas desde 2007.
Lusa