"Os recursos que temos, para as situações que se nos deparam, são perfeitamente suficientes", afirmou Silva Ribeiro, durante um exercício de preparação para resposta a incidentes em elevada escala no mar – "Mass Rescue Operations" (resgate em massa) – que decorreu ao largo do Funchal e no cais norte da capital madeirense.
O comandante da Zona Marítima da Madeira explicou que as autoridades testaram uma situação de resgate envolvendo 100 vítimas (figurantes), com diversos graus de gravidade, mas vincou que, no caso de uma grande calamidade, por exemplo com um navio de cruzeiro, os recursos da região eventualmente "não serão suficientes".
"No entanto, teremos sempre capacidade de fazer a primeira triagem e o primeiro embate", garantiu Silva Ribeiro, indicando que neste simulacro participaram cerca de 50 operacionais e oito embarcações, além de um catamarã de uma empresa privada que simulou o acidente.
O exercício movimentou diversas entidades, como a Marinha, a Autoridade Marítima Nacional, a Guarda Nacional Republicana, o SANAS – Socorro a Náufragos, o Serviço Regional de Proteção Civil, duas corporações de bombeiros e a EMIR – Equipa Médica de Intervenção Rápida.
"Estamos a testar as nossas capacidades em termos de recursos e de organização, para no final fazer um balanço e saber onde estão as lacunas e os pontos onde podemos melhorar", disse Silva Ribeiro, sublinhando que apesar da grande dimensão do exercício, não é comparável a um acidente com um paquete com 3.000 passageiros.
LUSA