A Direção Regional do Ordenamento do Território e Ambiente da Madeira (DROTA) lançou hoje um caderno de registos para que os cidadãos possam identificar focos de poluição no mar e, desta forma, denunciá-los às autoridades.
"Hoje é lançado um caderno de registos para ser colocado em diferentes praias de banhos e apelamos a que cada cidadão que, perante qualquer situação que considere menos normal e que esteja a acontecer nas nossas águas, possa recorrer a esse caderno e nele identificar a ocorrência", explicou a diretora regional, Susana Fontinha.
O objetivo é melhorar a recolha de informação sobre episódios pontuais de poluição nas águas costeiras das ilhas da Madeira e do Porto Santo, de forma a facilitar a identificação das causas e origem, assim como resolver eficazmente os problemas que as originam.
Estes cadernos serão entregues às diferentes entidades envolvidas, para que estas as possam disponibilizar em locais que considerem pertinentes, caso das câmaras municipais, que são parceiras da estratégia MaRam – Poluição Zero no Mar da RAM.
A iniciativa foi implementada pelo executivo regional madeirense em 2015 e tem como principal objetivo o combate à poluição marinha.
Para a época balnear da região deste ano – que se iniciou a 1 de junho -, estão em condições de serem usadas 46 águas balneares, o mesmo número que em 2015 e a responsável pretende, com esta iniciativa, "cidadãos ativos que possam relatar as ocorrências", para que a DROTA possa atuar.
A juntar a esta iniciativa a responsável divulgou, ainda, uma campanha de limpeza de praias que irá decorrer entre 11 e 15 de julho.
De acordo com a responsável, "mais de 95% dos focos de poluição identificados no mar têm uma origem em terra e o que se verifica é que, ao longo de determinadas bacias hidrográficas, existem pontos de poluição, que podem ser sedimentos", e que estes "podem causar uma poluição visual, mas têm um efeito menos nefasto à saúde humana".