"Aparentemente há um ligeiro decréscimo, no entanto, o ano não está fechado", advertiu Rita Andrade, na sessão de abertura do 40.º Conselho Consultivo dos Gestores Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), que decorre no Funchal.
A governante esclareceu, por outro lado, que cerca de 50% dos novos casos deste ano estão associados ao consumo de álcool e estupefacientes, situação que, em termos gerais, constitui o principal motivo da violência doméstica.
"É um flagelo que persiste no todo nacional e a região não é exceção", disse, adiantando que está em curso o Plano Regional de Combate à Violência Doméstica 2015-2019, que envolve 16 entidades e passa pela execução de 46 medidas de prevenção e apoio, das quais 70% já foram cumpridas.
Rita Andrade sublinhou que o trabalho do executivo nesta área visa reduzir os números da violência doméstica, contando também com o apoio da população, pois "as pessoas estão cada vez mais atentas e denunciam mais".
"Por outro lado, estamos a fazer um trabalho a montante, sobretudo nas escolas, junto dos jovens", realçou.
O Conselho Consultivo dos Gestores Associação Portuguesa de Apoio à Vítima tem como objetivo promover a atualização de conhecimentos, procedimentos e a formação dos colaboradores que gerem os Gabinetes de Apoio à Vítima, o Sistema Integrado de Apoio à Distância e a Rede Nacional de Casas de Abrigo.
Neste organismo participam também representantes do Centro de Acolhimento e Proteção de Tráfico de Seres Humanos, da Rede de Apoio Especializado a Crianças e Jovens Vítimas de Violência Sexual (Rede CARE), da Rede de Apoio a Familiares e Amigos/as de Vítimas de Homicídio e da Rede de Apoio à Vítima Migrante e de Discriminação.
C/LUSA