Segundo o relatório semanal da curva epidémica do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta um Rt – que estima o número de casos secundários resultantes de uma pessoa infetada – de 1,20, quando no relatório divulgado a 11 de junho este indicador situava-se nos 1,12.
Os dados de hoje indicam ainda que a Madeira é a única região do país com um Rt inferior ao patamar de 1 (0,98), enquanto o Norte está com 1,04, o Centro 1,07, o Alentejo 1,13, o Algarve 1,19, e os Açores 1,09.
Entre 02 de maio e 13 de junho registou-se no país um aumento do Rt de 0,91 para 1,15 no país, indicando a transição de uma “tendência decrescente para uma tendência crescente da incidência de SARS-CoV-2”, mais acentuada em Lisboa e Vale do Tejo.
Nessa região também aumentou a taxa de incidência de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, estando agora com 167,8, acima do limiar de 120 estipulado nas “linhas vermelhas” que o Governo adotou de controlo da pandemia de covid-19.
Na quinta-feira, o Conselho de Ministros anunciou a proibição da circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa aos fins de semana, a partir das 15:00 de hoje, devido à subida dos casos neste território.
Também acima dos 120 casos por 100 mil habitantes encontra-se os Açores (156,9), estando as restantes regiões do país abaixo deste limite: Norte (59,7), Centro (44,4), Alentejo (63,0), Algarve (101,5) e Madeira (36,2).
“Verifica-se que Portugal apresenta uma taxa de notificação acumulada de 14 dias entre 60 a 119.9 casos por 100.000 habitantes com tendência crescente”, refere o INSA, ao avançar que, no contexto europeu, “apenas Portugal se encontra nesta situação”.
Estes indicadores – o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos – são os dois critérios definidos pelo Governo para avaliar o processo de desconfinamento iniciado a 15 de março.
C/Lusa