Foi hoje apresentado o livro ‘Madeira e/and Porto Santo: Cidades, Território e Arquitecturas / Cities, Terrain and Architecture’, livro escrito por José Manuel Fernandes e Rui Campos Matos, com a colaboração de Maria de Lurdes Janeiro.
Para um dos autores, o livro representa um olhar sobre “seis séculos de ocupação e retrata o que de melhor foi construído pelos nossos antepassados e pelos nossos contemporâneos”, começou por referir Rui Campos Matos na apresentação que decorreu no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, edifício que há 33 anos serve de casa do parlamento madeirense.
O livro retrata a “a domesticação da montanha”, através dos agricultores que construíram os socalcos, até “ao recuo da agricultura” com a progressiva ocupação dos solos agrícolas por “construções que nada têm a ver com as construções rurais”, referiu o arquiteto Rui Campos Matos.
O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira fala de um livro que “é uma incursão pelo melhor do edificado nas nossas ilhas, pela mão de mestres anónimos e por grandes vultos da arquitetura nacional e mundial, mas é também uma peregrinação pela nossa história de 600 anos.
Através de cada pedra, de cada monumento, de cada edifício, de cada praça, de cada rua, de cada hotel, de cada casa, de cada escultura, podemos conhecer o nosso passado, a nossa memória, a nossa identidade e o modo como fomos povoando e construindo esta paisagem humanizada, quer citadina quer rural, que tornam estas ilhas as mais livres e belas que se conhecem”, realçou José Manuel Rodrigues.
O Secretário Regional do Turismo e Cultura lembrou que o livro hoje apresentado é o “n.º 7 de uma coleção de álbuns”, iniciada em 2006, que aborda o “espaço ultramarino português, com análise de processos de transformação e recriação da arquitetura moderna nesses territórios” e que estuda a “edificação também como forma de produzir conhecimento sobre os patrimónios construídos e projetados com especial enfoque nos séculos XIX e XX”, destacou Eduardo Jesus, acrescentando: “É uma importante ferramenta e matéria de divulgação e promoção histórica e do património madeirense a partir do prisma arquitetónico e da compreensão do território”, salientou o governante.