O responsável falava hoje numa conferência ‘online’ promovida pela consultora Deloitte com o tema “Turismo Covid-19: Preparar o futuro sobre responder à emergência, resistir ao impacto, preparar a retoma" e que contou com a presença da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.
Para José Lopes, o setor precisa de conhecer com a máxima antecedência o ‘roadmap’ (roteiro) para um cenário de evolução positiva da doença em Portugal para se poder preparar, e para tal, a Easyjet precisará de “pelo menos 15 dias” para testes.
Entre os grandes entraves a estes testes, José Lopes referiu que “é necessário que deixe de existir quarentena regional de 14 dias a todos os passageiros que chegam à Madeira”.
Segundo o responsável, não poderá também haver limitações àquilo que designou por “conectividade”.
“Se tivermos a lançar operações com o número de lugares que estão disponíveis, como atualmente estão implementadas, a um terço da capacidade não será possível estimular o mercado, porque para operarmos em situações normais vamos ter que aumentar exponencialmente os preços e aquilo que é necessário neste momento é precisamente o contrário, é baixarmos os preços”, disse.
Segundo o responsável, terão que ser implementadas as necessárias medidas de segurança, como a utilização obrigatória de máscaras, que gerem confiança nos consumidores, “mas que não criem barreira à conectividade e ao custo de voar”.
Caso contrário, corre-se o risco de que voar “passe a ser um regresso ao passado, para algo de luxo e não algo acessível à grande maioria da população”.