A eurodeputada socialista Liliana Rodrigues questionou a Comissão Europeia e o Organismo Europeu Antifraude (OLAF) sobre a Unidade de Medicina Nuclear do Hospital do Funchal, considerando que a polémica sobre o seu funcionamento é de “extrema gravidade”, foi hoje anunciado.
Uma reportagem da TVI sobre aquela unidade do Hospital do Funchal divulgou que os pacientes estão a ser encaminhados para realizar exames de medicina nuclear numa clínica privada, enquanto aquela unidade, inaugurada em 2013 e “construída e equipada com dinheiros públicos e financiamento comunitário”, se encontra, nas palavras do responsável da mesma, “praticamente parada”.
Numa nota à imprensa, a eurodeputada argumenta que, sendo real o subaproveitamento da Unidade de Medicina Nuclear do Hospital do Funchal e o encaminhamento para instituições de saúde privadas, “é urgente averiguar e apurar responsabilidades”, considerando que “o único aproveitamento em causa diz respeito ao esbanjamento de dinheiro público à custa da saúde da população madeirense”.
A eurodeputada pergunta à Comissão e ao OLAF se o Hospital do Funchal teve financiamento comunitário para a construção e equipamento da sua unidade de medicina nuclear e, em caso afirmativo, pretende saber em que montante e em que altura. Liliana Rodrigues pergunta ainda se foi realizada alguma auditoria respeitante a um eventual subaproveitamento de estruturas e equipamentos da referida unidade, se foi detetada alguma irregularidade e se terá a Madeira de proceder à devolução de parte das verbas recebidas.
LUSA