A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) apelou hoje aos cidadãos para se juntarem aos 3.393 voluntários que engloba e que por ano cumprem 679.000 horas de voluntariado.
Segundo as contas da Liga, estas horas, indexadas à retribuição mínima mensal garantida de 2023 (salário mínimo nacional), ultrapassam 3,5 milhões de euros por ano.
A maioria dos voluntários da LPCC encontra-se em idade ativa. Tem entre 41 e 65 anos (43%). As mulheres representam 84%.
Em comunicado divulgado na véspera do Dia Internacional do Voluntariado, a Liga pediu mais voluntários, “por forma a poder dar resposta às estimativas de aumento da incidência de cancro na população portuguesa”.
O peditório nacional envolveu cerca de 20.000 voluntários.
O estudo agora divulgado assentou numa amostra de 829 voluntários.
“A esmagadora maioria dos voluntários da LPCC (97%) considera o voluntariado ´muito a muitíssimo´ importante, sendo que 84% afirma que esta atividade contribui de forma expressiva para a sua qualidade de vida. Com uma percentagem ainda superior, 89% dos voluntários refere que o voluntariado contribui e/ou contribuiu para alguma mudança na sua forma de estar na vida, salientando-se o facto de se sentirem pessoas mais felizes por ajudarem os outros (61%), passarem a dar mais valor à vida, à saúde e à família (22%) e, por último, a serem pessoas mais sensíveis para esta causa (13%)”, lê-se no documento.
Na vertente do voluntariado comunitário, faz-se um trabalho de sensibilização e educação para a saúde, reforça-se o apoio ao doente oncológico e à família e colabora-se na angariação de fundos, o que é “essencial para a concretização das iniciativas da LPCC”, segundo a instituição.
O trabalho dos voluntários hospitalares, nos institutos e hospitais com serviços de Oncologia, passa por proporcionar ao doente, internado ou nas salas de espera, o acolhimento, conforto e apoio que precisa.
Lusa