“É um sinal de apoio muito grande para o nosso povo”, afirmou o líder ucraniano, numa mensagem difundida pelo departamento da presidência, juntamente com imagens do encontro com a chefe do Governo finlandês.
Zelensky apelou à primeira-ministra da Finlândia para que a União Europeia (UE) emita um sexto pacote de sanções contra a Rússia “o mais rapidamente possível”, bem como pediu o apoio do país nórdico na adesão da Ucrânia ao bloco da UE.
A visita de Sanna Marin acontece dias depois de a Finlândia e a Suécia terem formalizado o seu pedido de adesão à NATO.
Antes do encontro com Zelensky, a primeira-ministra finlandesa passou por várias localidades de Kiev, que serviram de cenário de supostos crimes de guerra cometidos pelas tropas russas.
Bucha e Irpin, duas das localidades onde estão ainda a ser investigados massacres de civis e outros crimes de guerra, também fizeram parte do itinerário da ministra finlandesa.
A Finlândia, tal como a Suécia, decidiu quebrar com a tradicional posição de neutralidade na sequência da invasão russa à Ucrânia, quando candidatou-se a entrar na NATO, uma organização da qual tinha sido até ao momento apenas um país parceiro e não um Estado membro.
O pedido de adesão dos dois países foi formalizado este mês, mas aguarda ainda a aprovação de todos os Estados-membros, dois dos quais – a Turquia e a Croácia – já se pronunciaram contra.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, adotou uma posição principalmente dura sobre a questão, depois de ter afirmado nos últimos dias que seria contra a adesão de ambos os países devido ao apoio que, na sua opinião, estes prestam a grupos terroristas, referindo-se a guerrilheiros curdos ativos na Síria e ao acolhimento de opositores e ativistas.
As delegações dos dois países nórdicos iniciaram, na passada quarta-feira, negociações em Ancara para procurar mudar o posicionamento da Turquia.
A Alemanha e Espanha, parceiros europeus chave que vão promover a próxima cimeira da NATO em finais de junho, manifestaram confiança que um acordo será alcançado e que tanto a Finlândia como a Suécia serão acolhidos como novos membros da Aliança.