“Há um aumento de 64,5% nas insolvências em agosto, com 199 empresas insolventes, mais 78 que no período homólogo de 2019. No acumulado do ano, o aumento é de 10,6%, com um total de 3.342 insolvências, mais 319 que no mesmo período do ano passado”, refere a filial da Crédito y Caución em comunicado.
Os distritos do Porto e de Lisboa destacam-se com o maior número de insolvências – 836 e 697, respetivamente – o que representa uma subida de 13,1% em Lisboa e de 9,3% no Porto até agosto, face ao ano anterior.
Os crescimentos homólogos mais significativos verificaram-se, contudo, em Angra do Heroísmo (+50%), Castelo Branco (+50%), Faro (+43,2%), Viana do Castelo (+39,5%), Évora (+29,6%), Beja (+29,4%), Ponta Delgada (+27,8%), Madeira (+25,4%) e Santarém (+14,7%).
Em sentido inverso, registaram-se decréscimos das insolvências nos distritos da Guarda (-25%), Vila Real (-20%), Coimbra (-19,8%) e Viseu (-1,4%), mantendo a Horta um valor idêntico a 2019: quatro insolvências.
Por setores, os dados da Iberinform apontam a ‘construção e obras públicas’ como a única atividade que regista uma diminuição (de 4,4%) no número de empresas insolventes face a 2019.
Já os maiores aumentos encontram-se nas áreas de ‘telecomunicações’ (+66,7%), ‘hotelaria e restauração’ (+29,2%), ‘outros serviços’ (+20,5%), ‘eletricidade, gás, água’ (+16,7%), ‘comércio por grosso’ (+15,7%) e ‘comércio de veículos’ (+12,5%).
No que se refere à criação de novas empresas, apresentou em agosto uma quebra homóloga de 10,2%, diminuindo de 2.920 em agosto de 2019 para 2.621 no mesmo mês de 2020 (menos 299 novas constituições), sendo que em termos acumulados o decréscimo foi de 29,9% (de 34.424 para 24.113 novas empresas).
A zona de Lisboa manteve a liderança neste indicador, com 7.558 novas empresas, mas registou, ainda assim, um decréscimo de 33,6% face aos primeiros oito meses de 2019.
Já o Porto registou 4.334 novas constituições, menos 30,6% que no ano passado.
Segundo a Iberform, todos os distritos apresentam decréscimo nas constituições, com as descidas mais significativas a registarem-se em Aveiro (-39,5%), Setúbal (-35,5%), Angra do Heroísmo (-33,3%), Ponta Delgada (-33,2%), Faro (-33%), Madeira (-31,8%), Leiria (-30,2%), Viana do Castelo (-28,2%), Coimbra (-27,2%), Guarda (-24,1%), Braga (-23,3%), Horta (-22,2%), Beja (-21,7%), Évora (-21,5%), Santarém (-20,6%), Viseu (-20,4%) e Castelo Branco (-19,3%).